segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mudança de Tema

Até aqui este blogue tem andado parado. Viveu só de tradução de algumas coisas. Vamos lá mudar de tema a isto. Passo a colocar aqui entradas maiores que não se encaixam nos meus outros blogues. Como por exemplo uma que me já vem germinando há algum tempo e relativa a ferramentas de aprendizagem.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Propriedade Intelectual

Propriedade Intelectual é um eufemismo estúpido
autor: Cory Doctorow
Publicado no guardian.co.uk, 21 de Fevereiro

"Propriedade intelectual" é um desses termos ideologicamente carregados que podem causar uma discussão só por serem murmurados. O termo não tinha um uso tão alargado até aos anos 60 do século passado quando foi adoptado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, um corpo comercial que alcançou estatuto de agência das Nações Unidas.

O caso do uso do termo pela WIPO é fácil de compreender: pessoas que tinham "visto a sua propriedade roubada" são muito mais compreensíveis na imaginação do público que "entidades industriais que tenham visto os contornos dos seus monopólios regulatórios violados", sendo que este termo era o mais comum quando nos referiamos a quebras até à ascendência do termo "propriedade intelectual".

Tem alguma importância a forma como a designamos? Propriedade, é um conceito bem compreendido tanto na lei como nos costumes algo que qualquer pessoa pode compreender sem pensar muito no assunto.

É completamente verdade - e é exactamente por isso que a expressão "propriedade intelectual" é, na raiz, um eufemismo perigoso que nos conduz a todo o tipo de raciocínios errados sobre o conhecimento. As ideias incorrectas sobre o conhecimento são problemáticas na maior parte do tempo, mas são mortíferas para qualquer país que esteja a tentar fazer a transição para a "economia do conhecimento".

Fundamentalmente, aquilo que designamos por "propriedade intelectual" é só conhecimento - ideias, palavras, melodias, plantas, identificadores, segredos e bases de dados. Este tipo de coisa é similar à propriedade de algumas formas: pode ser valorizado e por vezes é necessário investir muito dinheiro e trabalho no seu desenvolvimento de modo a produzir esse valor.

Fora de controlo



Mas também é diferente da propriedade de modos igualmente importantes. O principal não é inerentemente "exclusivo". Se invadir o meu apartamento, posso mandá-lo embora (excluí-lo de minha casa). Se roubar o meu carro, eu posso retomá-lo (excluí-lo do meu carro). Mas uma vez que saiba a minha canção, uma vez que tenha lido o meu livro, uma vez tendo visto o meu filme, eu perco o controlo. Salvo se tiver uma terapia electroconvulsiva, não consigo que deixe de conhecer as frases que tenha acabado de ler aqui.

É esta desconexão que torna problemática a "propriedade" na propriedade intelectual. Se qualquer pessoa que viesse ao meu apartamento levasse uma peça física do mesmo com ela isso faria com que fosse à falência. Ficaria preocupado continuamente com quem me visitasse, faria com que assinassem todos os tipos de acordos invasivos antes de os deixar usar a casa de banho, etc. E tal como uma pessoa que tenha comprado um DVD e tenha sido forçado a humilhar-se com a frase "Não roubaria um carro" é exactamente esse o tipo de comportamento que a conversa da propriedade inspira quando se fala de conhecimento.

Mas há por aí muita coisa de valor que não é propriedade. Por exemplo, a minha filha nasceu a 3 de Fevereiro de 2008. Ela não é propriedade minha. Mas ela para mim vale muito. Se ma raptasse, o crime não seria "roubo". Se a magoasse, seria "trespass to chattels". Temos um vocabulário e conjunto de conceitos jurídicos para tratar com o valor que uma vida humana incorpora.

Além disso, embora não seja propriedade minha, ainda tenho um interesse reconhecido por lei para com a minha filha. Ela é "minha" de alguma forma com sentido, mas também cai na alçada de muitas outras entidades - os governos do Reino Unido e do Canada, o Serviço Nacional de Saúde, a Protecção de Menores, mesmo a sua família alargada - todos podem reclamar algum interesse no que lhe sucede, no seu tratamento e futuro da minha filha.

Flexibilidade e nuance


Tentar encaixar o conhecimento na metáfora da "propriedade" deixa-nos sem flexibilidade e nuance que um regime de direitos de conhecimento teria. Por exemplo, os factos não são passíveis de direitos de autor, e assim ninguém pode ser "dono" do seu endereço, do seu número da segurança social ou do PIN do seu cartão de multibanco. Contudo em todas estas coisas tem um forte interesse e deve ser protegido por lei.

Há muitas criações e factos que caiem fora do âmbito dos direitos de autor, marca registada, patentes e outros direitos que constituem a hidra da Propriedade Intelectual desde receitas a listas telefónicas a "arte ilegal" como os mashups musicais. Estas obras não são propriedade - e não devem ser tratados como tal - mas para cada um deles há um ecosistema inteiro de gente com um interesse legítimo neles.

Uma vez ouvi o representante da WIPO para a associação de difusores europeus explicar, que dados todos os investimentos dos seus membros na gravação da cerimónia do sexagésimo aniversário do raide de Dieppe na Segunda Guerra Mundial, deveriam ter o direito de serem donos da cerimónia, tal como teriam numa peça televisionada ou noutra "obra creativa". Perguntei de imediato porque é que os "donos" teriam que ser ricos com câmaras e não as familias das pessoas que morreram na praia? Porque não os donos da praia? Porque não os generais que ordenaram o raide? Quando se chega ao conhecimento "a propriedade" não faz qualquer sentido - muitas pessoas têm interesse na película da comemoração de Dieppe, mas argumentar que alguém "é dona" não faz qualquer sentido.

O direito autoral, com as suas estranhezas e excepções, foi, durante séculos, um regime jurídico que tentava tratar das características únicas do conhecimento, em vez de pretender ser mais um conjunto de regras para governar a propriedade. O legado de 40 anos de "conversa de propriedade" é uma guerra interminável entre posições intratáveis de propriedade, roubo e tratamento razoável.

Se se desejar alcançar uma paz duradoura nas guerras do conhecimento, chegou o momento de por de lado a propriedade e começar a reconhecer que o conhecimento - com valor, precioso, conhecimento caro - não é detido. Não pode ser detido. O estado deve regular os nossos interesses relativos no âmbito do pensamento efémero, mas essa regulamentação deve ser sobre o conhecimento, e não uma trapalheira refeita do sistema de propriedade.

Este documento foi aqui colocado sob licença: CC

Este documento foi traduzido para francês

domingo, 26 de agosto de 2007

RFC 2119

Network Working Group                                         S. Bradner
Request for Comments: 2119 Harvard University
BCP: 14 March 1997
Category: Best Current Practice

Palavras chave para usar em RFC indicando Níveis de Requisitos

Estatuto desde memorando

Este documento especifica as melhores práticas actuais na Internet para
a Comunidade da Internet e solicita discussão e sugestões para
melhorias. A distribuição deste memorando é ilimitada.

Sumário

Em vários documentos de acompanhamento de normas há várias palavras
que são usadas para identificar o grau de exigência na especificação.
Estas palavras são frequentemente escritas em letra maíscula. Este
documento define essas palavras tal como devem ser interpretadas nos
documento IETF. Os autores que seguem estas directrizes devem
incorporar esta frase perto do início dos seus documentos:

As palavras chave "É OBRIGATÓRIO (MUST)", "É PROIBIDO (MUST NOT)",
"EXIGIDO (REQUIRED)", "DEVE (SHALL)", "NÃO DEVE (SHALL NOT)",
"DEVERIA (SHOULD)", "NÃO DEVERIA (SHOULD NOT)", "RECOMENDADO
(RECOMMENDED)", "PODE (MAY)" e "OPCIONAL (OPTIONAL)" neste
documento são para serem interpretados como descrito no
RFC 2119.

Note que a força desta palavras se modifica pelo nível de requisito
do documento onde sejam usadas.

1. É OBRIGATÓRIO (MUST) Esta expressão ou as expressões
"EXIGIDO (REQUIRED)" ou "DEVE (SHALL)", significam que a
definição é um requisito absoluto da especificação.

2. É PROIBIDO (MUST NOT) Esta expressão ou a expressão "NÃO
DEVE (SHALL NOT)", significa que a definição é uma proibição
absoluta na especificação.

3. DEVERIA (SHOULD) Esta palavra, ou o adjectivo "RECOMENDADO
(RECOMMENDED)", significa que podem existir razões válidas em
circunstâncias determinadas para ignorar um item determinado mas
que as implicações todas devem ser compreendidas e cuidadosamente
pesadas antes de se escolher um curso diferente.

4. NÃO DEVERIA (SHOULD NOT) Esta expressão ou a expressão "NÃO
RECOMENDADO (NOT RECOMMENDED)" significam que podem existir
razões válidas em circunstâncias determinadas quando um
determinado comportamento é aceitável ou mesmo útil, mas que
é necessário compreender e o caso deve ser cuidadosamente
pesado antes de implementar qualquer comportamento descrito com
esta legenda.

5. PODE (MAY) Esta palavra ou o adjectivo "OPCIONAL (OPTIONAL)",
significa que um item é verdadeiramente opcional. Um fornecedor
poderá escolher incluir o item porque um determinado mercado o
exige ou porque o fornecedor sente que melhora o produto enquanto
outro fornecedor pode omitir o mesmo item. Uma implementação que
não inclua uma opção determinada É OBRIGADA a estar preparada para
inter-operar com outra implementação que inclua a opção, embora
talvez com funcionalidade reduzida. Na mesma onda uma
implementação que inclua uma opção determinada É OBRIGADA a estar
preparada para interagir com outra implementação que não inclua
a opção (excepto, claro, para a característica que a opção ofereça.)

6. Orientação no uso destes Imperativos

Os imperativos do tipo definido neste memorando têm que ser usados
com cuidado e parcimoniosamente. Em particular É OBRIGATÓRIO só os
usar onde sejam de facto necessários à inter-operação ou para
limitar comportamento que tenha potencial para causar dano
(por exemplo, limitar retransmissões). Por exemplo, não devem ser
usados para tentar impor um determinado método aos implementadores
quando o método não seja exigido para inter-operacionalidade.

7. Considerações de Segurança

Estes termos são frequentemente usados para especificar comportamento
com implicações de segurança. Os efeitos sobre a segurança de não
implementar um É OBRIGATÓRIO ou um DEVERIA, ou de efectuar algo que
a especificação diga É PROIBIDO ou NÃO DEVERIA ser feito pode ser
muito subtil. Os autores dos documentos devem levar tempo a pensar
sobre as implicações de segurança de não se seguir as recomendações
ou requisitos visto a maior parte dos implementadores não irão ter o
benefício da experiência e discussão que produzem a especificação.

8. Agradecimentos

As definições destes termos são uma amalgama de definições tomadas a
partir de um número de RFC. Além de terem sido feitas adições e
sugestões que foram incorporadas a partir de um número de pessoas
incluindo Robert Ullmann, Thomas Narten, Neal McBurnett e Robert Elz.

9. Endereço do Autor

Scott Bradner
Harvard University
1350 Mass. Ave.
Cambridge, MA 02138

phone - +1 617 495 3864

email - sob@harvard.edu

10. Tradução de Carlos Afonso
email - cafonso62@gmail.com



Nota: ver ISO/IEC Directives, Part 2: Rules for the structure and
drafting of International Standards
[pdf].

terça-feira, 3 de abril de 2007

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Markdown - Tradução para Português do Respectivo Manual

Introdução



Markdown é uma ferramenta de conversão de texto para HTML para produtores de conteúdos para a web. Markdown permite-lhe escrever em formato de texto fácil de ler e fácil de escrever que depois é convertido para XHTML (ou HTML) estruturalmente válido.



Assim, "Markdown" é duas coisas: (1) uma síntaxe de formatação em forma textual e (2) uma ferramenta de software, escrita em Perl, que converte o texto assim formatado em HTML. Ver a entrada sobre Síntaxe para detalhes relativos à sintaxe de formatação de Markdown. Pode experimentá-la usando o sítio on-line Dingus.



O objectivo principal da concepção da Markdown é fazê-la tão legível quanto possível. A ideia é que um documento formatado com Markdown possa ser publicado tal como é, como texto puro, sem que pareça ter sido marcado com marcadores ou instruções de formatação. Embora a síntaxe de Markdown tenha influenciado vários filtros texto para HTML existentes, a maior fonte de inspiração da Markdown é o formato da mensagem de correio em texto puro.



A forma de sentir a síntaxe de formatação Markdown é simplesmente olhar para um documento formatado com Markdown. Por exemplo, pode ver a versão original (em inglês) com Markdown deste artigo nesta página aqui:http://daringfireball.net/projects/markdown/index.text.



Markdown é software livre, disponível sob uma licença do tipo BSD open source. Se gostar de usar Markdown, por favor considere fazer uma pequena contribuição para desenvolvimento adicional. Ver a página da Licença (em inglês) para mais informação.



Panorâmica



  • Filosofia

    O fundamento da Markdown é ser fácil de escrever e fácil de ler.

    A legibilidade é, contudo, enfatizada acima de qualquer outra coisa. Um texto formatado com Makdown deve poder ser publicado tal como está, como texto puro, sem que pareça ter sido marcado com marcadores ou instruções de formatação. Embora a síntaxe da Markdown tenha influenciado vários filtros existentes de texto para HTML - incluindo Setext, atx, Textile, reStructuredText, Grutatext e EtText - a principal fonte de inspiração para a síntaxe de Markdown é o formato de mensagem de correio em texto puro.


    Com esta finalidade, a síntaxe de Markdown é completamernte constituída por caracteres de pontuação cuidadosamente escolhidos para parecerem aquilo que significam. Isto é, os asteríscos à volta de uma palavra de facto parecem dar-lhe *enfâse*. As listas em Markdown parecem-se com listas. Mesmo blocos de citações parecem-se com passagens de texto citado, desde que tenha usado e-mail.


    HTML em Linha


    A síntaxe da Markdown pretende ter uma só finalidade: ser usada como formatação na escrita para a web.


    Markdown não é um substituto do HTML ou algo perto disso. A sua síntaxe é muito pequena, correspondendo a um sub-conjunto muito pequeno dos marcadores de HTML. Na minha opinião os marcadores de HTML são fáceis de inserir. A ideia de Markdown é ser fácil de ler, escrever e alterar prosa. o HTML é um formato de publicação, o Markdown é um formato de escrita. Assim a síntaxe de formatação de Markdown só trata das questões que podem ser transmitidas em texto puro.


    Para marcação que não seja coberta pela síntaxe de Markdown, terá que simplesmente inserir o respectivo HTML por si mesmo. Não há necessidade de o prefaciar ou delimitar para indicar que está a comutar de Markdown para HTML e vice versa, use simplesmente os respectivos marcadores.


    A única restrição é que os elementos de blocos em HTML - isto é, <div>, <table>, <pre>, <p>, etc - devem ser separados do conteúdo que os rodear por linhas em branco e que o abertura e fecho do marcador do bloco não sejam recortados usando tabulação ou espaços. A Markdown é suficientemente inteligente para não adicionar marcadores <p> extras (indesejados) à volta de marcadores de nível de bloco em HTML.


    Por exemplo, para adicionar uma tabela HTML a um artigo em Markdown basta:



    ------------------------------------------
    Isto é um parágrafo normal em Markdown.

    <table>
    <tr>
    <td>Só para efeito de demonstração</td>
    </tr>
    </table>

    Isto é mais um parágrafo normal.
    -----------------------------------------------


    Note-se que a síntaxe de formatação Markdown não é processada dentro de marcadores HTML de nível de bloco, isto é não pode usar o estilo de *enfatização* de Markdown dentro de um bloco HTML.


    Marcadores de HTML de nível em linha - isto é &tl;span>, &tl;cite> ou &tl;del> - podem ser usados em qualquer lado apropriado em Markdown isto é em: parágrafos, itens de lista ou cabeçalhos. Se desejar pode se preferir usar os marcadores HTML <a> ou <img> em vez da síntaxe para ligações ou imagens em Markdown.


    Ao contrário do que sucede nos marcadores de nível de bloco do HTML a síntaxe Markdown é processada dentro de marcadores de nível em linha.


    Escape automático para caracteres especiais


    Em HTML, há dois caracteres que necessitam de tratamento especial: < e &. O caracter de menor que é usado na abertura de um marcador e o e comercial é usado para identificar entidades HTML. Se desejar usar os mesmos como caracteres literais necessita de os fazer escapar como entidades isto é &lt; e &amp;.


    Os e comerciais são particularmente desagradáveis para com os ecritores da web. Se desejar escrever sobre a "AT&T" necessita escrever algo como "AT&amp;T". Também necessita de escapar os e comerciais que surjam em URL. Assim se desejar ligar-se a:



    http://images.google.com/images?num=30&q=larry+bird

    Necessitará de codificar esse URL como:


    http://images.google.com/images?num=30&amp;q=larry+bird


    no atributo href do sua âncora. Falta ainda dizer, que isto é fácil de esquecer, e é uma das principais razões para ocorrerem erros de validação de HTML em sítios normalmente com marcação correcta.


    Markdown permite-lhe usar estes caracteres de forma natural tratando de os escapar por si. Se usar um e comercial como parte de uma entidade HTML, ele mantêm-se inalterado, caso contrário é traduzido como &amp;.


    Assim se desejar incluir o símbolo de direitos autorais num artigo pode escrever:

    &copy

    e o Markdown não lhe tocará. No entanto se escrever:


    AT&T

    Markdown tratará de o traduzir como AT&amp;T.


    Visto Markdown suportar HTML em linha se usar um sinal de menor que como delimitador de marcador HTML, o Markdown irá traá-lo como tal. Mas se escrever algo similar a:


    4 < 5

    Markdown irá traduzí-lo como:


    4 &lt; 5

    Contudo dentro de span e blocos em código Markdown, sinais de maior e menor que e e comercial são sempre codificados automaticamente. Isto simplifica o uso de Markdown para escrever sobre código HTML. (Em oposição ao HTML puro, que é um formato terrível para escrever-se sobre síntaxe HTML, visto cada simples < e cada & nos exemplos de código terem de ser escapados.)


  • Elementos de Bloco


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

O marketing deve ser educativo a educação deve ser marketing

O texto abaixo é uma tradução de uma entrada no blogue de Kathy Sierra: ""Criar Utilizadores Passionais".




Pode Quer ajudar-me? Necessito de histórias pessoais/histórias web | Entrada





O marketing deve ser educativo a educação deve ser marketing



Deseja utilizadores passionais? Eduque-os. Desejar pessoas que aprendam com paixão? Venda-lhes. Se houve alguma vez, dois grupos de pessoas que deviam trocar de pele - e investigação - esses grupos seriam o dos professores e o dos profissionais do marketing. O nosso mantra aqui (no sítio da Kathy) é, "Onde há paixão há um utilizador a trabalhar kicking ass..." e por "kicking ass" quero dizer "ser realmente bom em algo." Na era pós spot de 30 segundos, o departamento de marketing deve tornar-se no departamento de ensino. Entretanto de volta às escolas, os professores devem tornar-se...profissionais de marketing.



A tragédia é: que a quantidade de dinheiro gasta em cada ano nos EUA para investigação em marketing é maior em ordem de grandeza do que a quantidade gasta em investigação de teoria de aprendizagem (ensino) . As grandes empresas devem provavelmente gastar mais dinheiro numa semana em investigação do encéfalo do que o Departamento de Educação dos EUA num ano.
[Não tenho dados factuais, mas tenho estado a tentar alinhavá-los de modo que julgo poder fazer uma afirmação destas.]



A boa notícia é: que o mundo daquele-que-faz-o-melhor-para-levar-os-seus-clientes-a-passarem-a-barreira-(da-compra)-ganha que está a começar a emergir, poderá levar a que as empresas necessitem de mais professores do que de profissionais do marketing. E no meu mundo perfeito, marketers e professores trocam investigação e técnicas, e aplicando marketing ao ensino e aprendizagem ao marketing, toda a gente ganha.



O Que É Que os Marketer Poderiam Fazer Pelos Professores



Os marketer, sabem, sabem o que é que dispara o encéfalo (agora, não na semana passada). Os professores necessitam disto, hoje, mais do que nunca.



Os marketer têm acesso a MRI funcionais. Os professores raramente os têm.



Os marketer estão perigosamente próximos de encontrar o O Botão de Comprar no Encéfalo. Pense no que é que os professores podiam fazer com este tipo de investigação..., claro que aquele Botão de Comprar podia ser modificado para o Botão de Aprender com muito pouco esforço.



Os marketer sabem como motivar alguém praticamente instantaneamente. Os professores bem podiam tiram partido disto.



Os marketer sabem como manipular os pensamentos e sentir de alguém sobre um tópico. Os professores podiam usar isso para "manipular" um aluno a pensar que a "matemática É ixe."



Os marketer sabem como obter e -- reter -- a atenção. Conheço alguns professores que dariam um rim por esta investigação.



Os marketer gastam pilhas de dinheiro para melhorarem a retenção e a volta. Os -- professores -- e os estudantes necessitam de toda a ajuda que possam obter.



[Claro que sim, sei que esta ideia pode parecer horrível -- que pegamos nos professores e os tranformamos em diabos como os marketer? Inspire. Sabe, que não é isso que estou a advogar, e assim sendo continue a ler.]





O Que É Que Os Professores Poderiam Fazer Pelos Marketer
(Marketer que desejem utilizadores apaixonados)



Os professores sabem a importância da honestidade e integridade. Os bons professores preocupam-se. Alguns --talvez muitos-- marketer podiam usar muito disso, especialmente agora que a Internet tornou muito mais difícil, para os marketer safarem-se com truques. Esses chatos dos utilizadores falam! Escrevem email, colocam no youtube as suas más experiências, falam sobre elas nos seus blogues.



Os professores sabem como ajudar as pessoas a pensarem de forma mais profunda e, passarem para além do nível superficial de compreensão. Na velha escola da publicidade, só os atributos mais superficiais eram usados ("Este produto irá fazer com que os seus vizinhos o invejem!") Claramente esses dias estão a acabar.



E, não me deixem começar a falar, sobre quão maus a maior parte dos manuais de produtos são-- onde a diferença entre a documentação de pré-venda e pós-venda é enorme e está completamente às avessas. "Sim, uma vez tendo-nos pago e tendo-se tornado um cliente, quem é que se preocupa com o aspecto do manual e sua legebilidade?"



Os professores ajudam as pessoas a pensar a pensar. Numa campanha de marketing baseada em medo (ou noutra emoção qualquer) em especial em política, o pensar é inibido. Mas as pessoas não podem aprender e melhorarem sem pensar, assim qualquer aprodximação de marketing baseada na ajuda aos utilizadores a obterem melhores resultados usam as emoções para melhorar o pensamento e não para o evitar.



Os professores sabem como ajudar as pessoas a ultrapassar os pontos mais complicados... onde o aluno está firmemente na zona de absorção. Os marketer necessitam disso mais do que nunca, visto muitos dos produtos sofisticados não poderem ser compreendidos em 5 minutos.








Devemos ficar preocupados com a investigação muito recente conhecida como neuromarketing? Sim. Mas tal virá a suceder independentemente do que fizermos. Porque não exigir aos marketer que sejam transparentes sobre a investigação e suas aplicações? O grande Marketing não vai deixar de usar técnicas de manipulação e nós não podemos ficar à espera que algo suceda, e a única defesa que temos é sabermos o que é que se passa.



Se desejarmos ser consumidores conscientes (e votantes), temos que estar um passo à frente, daqueles que estão a tentar manipular-nos, sem o nosso conhecimento. E para isso, temos que conhecer, tanto quanto possível, como é que o nosso encéfalo funciona e como é que nós somos enganados, torcidos e seduzidos. Devemos sentir-nos confortáveis ao pensarmos, "Oh, é obviamente a minha amigdala a falar."



Mas em vez de irmos contra a investigação e lamentarmos o facto de que os marketer (e os políticos) terem destas "persuações secretas", podemos colocar estas ferramentas ao serviço do bem -- um dos principais objectivos deste blogue. Para nos ajudarmos a nós próprios, aos nossos estudantes e aos nossos utilizadores a aprender!



Claro, deve dizer-se ao que vimos de forma totalmente aberta em todo o lado em que se usem estas técnicas.Devemos exigi-lo aos marketer e esperar isso dos nossos professores. Nos livros da série Head First, por exemplo, no início de cada livro é descrito exactamente o que é que tentamos fazer ao seu encéfalo (isto é, como é que enganamos o seu encéfalo antigo a pensar que o código é tão importante como um tigre).



A educação pública nos EUA está num péssimo estado, mas lembro-me de um slogan anti-guerra que dizia algo como:
"Será um Grande Dia Quando As Nossas Escolas Obtiverem Todo o Dinheiro Que Necessitem E que A Força Aérea Tenha Que Fazer Uma Venda de Garagem Para Comprar um Bombardeiro "



Não tenho nada de inteligente, mas gosto da ideia:



"Será um Grande Dia Quando as Nossas Escolas Obtiverem Toda a Investigação Sobre o Encéfalo que os Marketer Têm e quando os Marketer Tiverem que Fazer uma Venda de Garagem para Comprarem MRI Funcional (fMRI)."




Colocado por Kathy Sierra em 11 de Fevereiro de 2007 | Permalink



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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Melhores Práticas Móveis - Consistência Temática

Assegure-se que ao aceder a um URI o resultado é uma experiência tematicamente coerente quando se acede de dispositivos diferentes.


A razão por detrás desta prática é a do princípio da Unidade da Rede (ver 3.1. One Web), onde se diz que o conteúdo deve ser acessível num número de dispositivos independentemente de diferenças em capacidades de apresentação e mecanismos de acesso. Os sítios web podem paginar o seu conteúdo de vários modos correspondendo a diferentes características dos dispositivos; assim a estrutura de navegação do sítio, e possivelmente a sua implementação técnica podem variar de acordo com a classe do dispositivo a ser servidor. (Ver também a secção 3.5.1 WebArch]).


Um marcador de livro capturado num dispositivo deve ser utilizável noutro tipo de dispositivo mesmo que não se obtenha exactamente a mesma experiência. Se uma página que for assinalada não for apropriada para o dispoisitivo que a está a usar deve ser-lhe providenciada uma alternativa que lhe seja apropriada.


Os URI podem ser decorados para oferecerem outras informações ou sessão. Se um URI fôr decorado com informação de sessão que não esteja actualizada, então o utilizador deve ser dirigido para um ponto na hierárquia de informação que seja apropriada para os seus dispositivos de modo a estabelecer uma sessão ou outros parâmetros apropriados.